A INTRUSA

A INTRUSA

De repente apareceu você do nada
Deu-me um brilho que eu não tinha até então
De mansinho acomodou-se, viu-se amada
E aninhou-se dentro do meu coração

Deu-me estrelas, fez-se noite enluarada
De uma vida que era breu e solidão
Ressurgiu, dia após dia, em minha estrada
Como um sol iluminando a vastidão

Por eu não poder me dar aos seus carinhos
Eu tentei seguir sozinho os meus caminhos
Com a alma agrilhoada em pranto e dor

Mas sua imagem encarcera-me em prisão
Com algemas que jamais abrir-se-ão
Pois a chave que as trancou se chama amor!

Oldney Lopes ©

Brumadinho, 13 de janeiro de 2008