Solto ao sabor do vento, sou papagaio ao relento,
Onde não tenho coração para morar, sou rebento,
Um cheiro a fruto numa tarde de setembro.
Nu entre lençóis, acompanho uma cama deserta,
Acariciado pela mão de alguém que me empresta,
Uma vida amante que contemplo no meu olhar.
 
Quimeras encontro neste mar, nesta vastidão,
Um mar que jorra sangue, de nome coração,
Empunho seus canhões, disparo mil emoções.
 
Não sei se acerto, não é minha preocupação
As velas desfraldo, ajusto as sensações,
Vaga, após vaga, navego minha direcção.
Em volta, uma chama, manto de protecção,
Garante que na noite vejo e tenho motivação,
A seguir meus ideais sem medo da ilusão.

Outrora nau.... hoje internet!!!

Abraço de mim para o mundo!
Bruno Dias
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