Semi Anal-Fá-Burro

 
 
Sem saber no que comprimir esta imensidão
Ou afundar os copos
Em devaneios e cansaço
Com as mãos sujas de vida
A metade da pessoa que costumava ser ativa
Já perdeu a graça
 
Ventando e morrendo lá fora
Aos poucos, queima a arte da vida
E a graça de existir movimentando e criando coisas reflexivas
Confundem-se em ratos, bueiros e chuva desencanada
Na mente, a ardente vontade de desaparecer
 
Perder o controle
Ou manter a (in) sanidade do alheio apaixonado
Transgredir a passagem do tempo no sopro
Uma melancolia (ir) reparável
A custo de respirações e lampejos (ir) reverentes
 
Com toda essa confusão
Ser o tal Semi Anal-Fá-Burro
Sem futuro previsível ou desejo existencial
Ou um mero sentido para esta vida cansativa e repetitiva
Propor a liberdade ao amor
Para que sua felicidade se torne real
Com alguém mais interessante e inteligente
 
CA-K:
14/09/2008

 

...!

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CarbonKid87
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