Tuas mãos repousadas
Doces e amargas ternuras
Teus olhos sobre-caídos
São mais a mim, uns gemidos
 
Me recordei de momentos distantes
Dos quais muitos sorrisos se fizeram
Uma saudade triste, que permanece
Na vastidão fria, que me emudece
 
Posso recorrer a fantasias e ilusões
Para alimentar essa minha alma torva
Posso obedecer meu coração
E buscar no além uma solução
 
Não poderia ir, sem antes vislumbrar
Novamente seus olhos, como no início
Sedentos de amor e prazer
Que me fazia todos dias, reviver
 
Levar para a eternidade todo calor
E toda a limpidez de seu espírito
Que em seus olhos, se mostravam
Se tua alma repousa no eterno
Quero ser o fantasma, que busca seus olhos
No sepulcral mundo terreno
 

22/08/08

Paloma Andrade
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