Exílio.

 
 
 
Deixa-me repousar
No seio de minha terra,
De onde nunca deveria ter saído.
Por tomar partido, me vi oprimido...
Meus direitos saqueados e não ressarcidos.
Londres, Paris é tudo fantasia.
Luzes e um intenso frenesi,
Ofuscavam os meus brilhos
Minha cabeça girava torta,
O exílio bateu na minha porta
E a minha vida ficou fora dos trilhos.
Dantes tudo era alegria e risos
Largo São Francisco um obelisco do saber,
Depois, boemia, cantoria até o amanhecer,
Mas, como disse Zé Ramalho...
Não há mais colibris,
Só há velhas violetas mortas,
Que infestaram minhas narinas
Com a fétida fragrância da hipocresia.

Dedico este poema a todos aqueles que lutaram contra a ditadura militar nos anos de chumbo que tanto macularam muitos dos nossos celebres brasileiros.(1974). Obrigado pela visita, ao saírem deixe um comentário ou uma simples critica.