Avistei-te entre os choupos
O ar frio avermelhava a sua pele
Nesse clima de outono
A sua beleza floresce...

Apesar de amar à distância
Em mim o mar traz esperança
As ondas que quebram o azul
Reforçam-me tua lembrança...

A lareira que aquece meu corpo
Revelam seus mosaicos no fogo
E ouvindo o estalar da madeira
Jamais esquecerei o seu rosto...

Resumi-la é um ato impensado
Pois tão grande que és de fato
Tentar expressá-la com palavras
Esgotariam meu vocabulário...

Abro-te o coração
Esperando que me tragas emoção
E eu que há tempos sofro
Não quero esperar por paixão...

Versos dispersos revelam o que sou. Não planejo poesias, tão menos os amores, somente tenho a ânsia de viver com intensidade, todos os tremores...

São Paulo, 01 de julho de 2008

Carlos Eduardo Fajardo
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