Aquário Septcêmico

 


Cantando para não afundar
Mas mergulhando cada vez mais
Sem perceber...
Sem se restabelecer,
Sem esquecer...
 
Nesta semi-redoma de vidro
Aberta encima Inalcançável escapatória... (?)
Aqui dentro,
Repleto de obstruções
Líquidos e imaginários
Tão persuasivos
 
Impedindo a respiração
Este espaço enquadrado
Redobrado na mente, impedido logo mais a frente
Falta de espaço!
Preso, enjaulado e nadando de um lado a outro
Sem questionar,
Sem criar,
Ou argumentar
 
A superfície agride aos ouvidos
E a boca cansa-se e seca
Por esforço respiratório no ar
Vazio e incompreensível
 
Apenas fazendo movimentos repetitivos e exaustivos
Para uma sobrevivência medíocre
E tão rapidamente divertida
Nadando, nadando, nadando...
 
Tomado por uma vontade de saltar
Lá fora, com coragem e prontidão de outro ser
Nadar com força e girar no ar
Para sentir-se livre e novamente vivo
 
_Um ato de bravura!
 
Por ser um organismo inadequado ao sistema,
Caiu fora do aquário
Debatendo-se o máximo para sobreviver,
O ar lhe abandonou...
 
CA-K:
20/06/2008
 

Este universo mediante a tantas coisas, faz imaginar-me como um peixe, sem escapatórias...

(...)