O amor passou.
Ele passou impassível.
No rosto, um olhar leviano.
Para ele, eu era invisível;
P´ra mim, tornou-se inumano.
Ele passou diferente,
Pensativo e silencioso.
Eu, incrédula, impotente,
Derruída no altar doloso.
Ele passou sem me ver.
Minha mente conturbada
Aspirou então morrer.
Vontade não-alcançada.
Ele passou orgulhoso.
Eu fiquei decepcionada
Com seu gesto desairoso.
Desabou minha jornada.
Mardilê Friedrich Fabre
Publicado no Recanto das Letras
Código do Texto: T1022716
Respeite os direitos autorais.
Mardilê Friedrich Fabre
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados