Pedras
Desses olhos de pedra que me dizem
Essas pedras que me contradizem
Alma minha amarga e triste
De uma dor da solidão que insiste

Sua ausência me atormenta
Com imensa acrimônia me persegue
A vida nada me acrescenta
A não ser o vazio que padece

Quando míras olhos alheios
Minto a vida todo dia
E caminho a passos poucos ligeiros

Anda solidão! Me embruteça!
Que a morte me torne pedra
Que a chama do amor, não mais me aqueça...

02/06/08

Paloma Andrade
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