DO DESPREZO AO AMOR...

 
( NO LUGAR DA FOTOGRAFIA, 
A FOTOGRAFIA DESSE MOMENTO,
ESSE ESPAÇO/VIDA, UM APARENTE VAZIO)


SE É PARA FALARMOS DE RESPEITO, OU SE É PARA SEMPRE TOCARMOS NAS FERIDAS, NAS DORES. SE É PARA SEMPRE APONTARMOS OS DEFEITOS ALHEIOS, SE É PARA DEIXARMOS DE VER NOSSA ATITUDE E SOMENTE JULGARMOS A DO OUTRO, SE É PARA VIVERMOS O NÃO PERDÃO, SÉ É PARA VESTIRMOS AS ROUPAS FEIAS SOMENTE NO OUTRO...
SE É PARA FALARMOS DE RESPEITO DENTRO DO LAR, FAÇAMOS TODOS NÓS, O EXERCÍCIO DA MEIA CULPA...
É MELHOR QUE OLHEMOS O PASSADO, É MELHOR PERCEBERMOS O QUE DEIXAMOS DE VER...
ESSA POESIA FALA DE UMA FAMÍLIA QUE TENTAVA SER FAMÍLIA E QUE SE DISTANCIAVA POR CAUSA DE ALGUMAS DOENÇAS CHAMADAS ALCOLISMO, BULIMIA E OUTROS VÍCIOS... OS EFEITOS DESSES NO SER HUMANO, OS EFEITOS DA CONVIVÊNCIA COM OS VÍCIOS, FALA DE DESPREZO PROPOSITAL, DE TENTATIVAS DE MUDANÇA, FALA DE VIOLÊNCIA CONTÍNUA DENTRO DO LAR, DE GRITOS, DE SOFRIMENTO, DE BUSCA, FALA DE SONHOS DESFEITOS, FALA DE GUERRA FRIA, FALA DE CILADAS, MAS PRINCIPALMENTE FALA DA SOBERANIA DO AMOR.  


A embriaguez que pautava nossas vidas
tanto fez que nos desfez,
era álcool na ferida... 
e não curava nossas mazelas!

Eram noites a fio, quimeras,
que se perdiam no percurso da dor.
E nós, feito tolos sonhávamos,
com o sol a despertar no horizonte.
"Juntos" estávamos
na distancia dos nossos seres.
Uma falsa massa unida,
distorcida, já sem força de amalgamar,
não ungida...
pois que o desprezo se fazia presente
e eu assim, ainda crente,
que o castelo, 
resistiria as ondas do mar.
Ele revolto,
batia em nossas portas
num eterno convite,
para que nos embasássemos
referenciando a importância do alicerce 
e da solidez da fé...

Mas, nós saíamos em busca do nada...
do que deixamos prostrado na estrada do ter,
quando partimos...
e distanciávamos do conteúdo do ser/estar
do ser por ser, do ser sonhar...
já tolhidos da essência do todo do divino,
pois que o sino já nem badalava,
não ecoava,
não acordava
a longa noite que dormíamos,
num eterno desprezo de não nos vermos...

Mas um dia, 
o poeta, ah... o poeta 
parece mudar de assunto,
ela viaja...
"Toda gravidez será respeitada."
Nenhuma mulher será alvejada.
A embriaguez acordará!
Nossos frutos,
o futuro da humanidade
assim prosperará!
Pois que o movente do nosso eu, 
não será mais o desprezo de se desprezar...
de não se ver nem se olhar.
E sim,
a consonância,
na ressonância do aprender a amar.


No hoje, eu te amo ainda mais!
 

..."DANÇO EU, DANÇA VOCÊ NA DANÇA DA SOLIDÃO"...
POUCO A POUCO APRENDEMOS.