Fujo dos meu sonhos
como se fosse um ladrão...
Agonizo nas entranhas da insônia
e nas dores da escuridão...

Vago o quarto vazio
mas cheio de ilusões nuas.
Deparo-me com fantasmas meus 
e os clarões de luzes das ruas...

Não encerro o verso em leito
o medo dos olhos, fechar e dormir
É o peso do sonho ruim... miséria;
a dor de estar-se preso sem fugir...

Fujo dos medos da escuridão,
pois nem o poema me livra da dor.
Ai! Quanto noites em claro...
meu corpo cansado já contou! 

Não entrego-me ao pesadelo...
enfrento-lo, e o sonho mais belo.
A imagem pura de um anjo,
já se fora uma noite de inferno....

Valdemar
© Todos os direitos reservados