Despertar da Rosa




Não tinha folhas, nem espinhos;
Naquele rosa do caminho.

...E quando ela se colocou assim,
Bem ao meu lado,
Confesso que fiquei louco de desejo
Completamente alucinado.

Não sabia muito bem o que fazer;
Podia afastar a rosa,
E no corpo dela me perder.

Mas a rosa encheu-se de ciúmes;
Abriu-se em cores ainda mais vermelhas,
Exalando todo seu perfume.

Deitou-se aos meus pés,
Senti todo meu corpo tremer;
E não fosse a rosa ainda no caminho;
Ali mesmo morreria de prazer.

Inesperadamente, espalhou-se em pétalas naquele corpo dourado,
E a menina me olhou, e me chamou pra deitar ali, bem ao seu lado.

Antes que pudesse realizar aquele seu desejo;
Ela me cercou no meio do caminho,
E me cobriu com excitantes longos beijos.

Deitei sobre seu corpo,
Em movimentos alucinantes,
E não notei na rosa mais ciúmes,
Em nenhum daqueles instantes.

Quanto mais meu corpo sobre o dela deslizava;
Mais perfume a rosa exalava.

Era agora minha aliada,
E o suor dos nossos corpos perfumava.

Foi ali que a rosa despertou,
E a menina descobriu comigo,
Os prazeres e os segredos do Amor.

Não tinha folhas, nem espinhos;
Naquela rosa do caminho...

 


Carlos Lucchesi
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