Tempo Do Meu Sofrimento

 
Oh meu Deus,
Como eu vivi pouco a vida,
Me perdi no tempo quando esperei,
Pela eterna menina,
A flor mais formosa que tanto sonhei.
 
Ah meus dias que deixei para trás,
Se eu pudesse voltar ao passado,
E concertar os erros que foram demais,
Para nunca ficar,
 Na vida a esperar,
Pela mulher que não terei jamais.
 
Ah meus sonhos,
Perdidos pelas trilhas dessas estradas,
Por longas caminhadas,
Em grandes jornadas da rotina dura,
Escravo do amor em busca da ternura,
Em que sempre estive a árdua procura.
 
Ah minha idade,
Que corre veloz como o vento,
Tudo que eu lamento foi não alcançar,
Os sonhos de amor que muito busquei,
E tanto aspirei,
Sem nesta vida eu realizar.
 
 Este é meu sofrimento,
É uma tortura uma aflição,
Ver meus desejos se desfazerem,
E eu assim morrer com a solidão.
 
O senhor é meu último amparo,
O rio que deságua profundas lágrimas,
E as grandes magoas que vi nascer,
Num pecado e numa dor,
Que surgiu de um amor,
Que não pude viver.

Rodrigo Cézar Limeira
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