Depois da chuva o sonho.

Depois da chuva o sonho.

 
Ate que enfim, deixei de ser um peixe morto
Que se deixa levar pela corrente.
Para me tornar um réptil contemplativo,
Que deixa de ser inactivo.


Longe da sabia perfeição,
Mas um estado da evolução acima.


Ate que enfim, esta noite
Pude ter essa conversa,
Que nunca terei contigo.
Porque nunca gostei de ti.


Mas sim de uma certa ou errada,
Ideia do que seria o amor.


O que tinha para te dizer,
Era tão importante,
Que bastou sonha-lo,
Para esquecer o assunto.


Quando a chuva cai,
Ela deixa o rosto da sua violência.
Pedras, lama, que condicionam
A passagem dos vadios.


Tudo para relembrar
Que os caminhos não levam a nenhum lado.
Se a natureza quiser se transformar
Ninguém pode a reconhecer.
Conter a vontade é deter a fúria.
Iminente e cega.

basta sentir

Guiães

jean pierre timpeira
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