Nossos Castelos de areia

Nossos Castelos de areia

 

 
São tantos os anos
Entre dor e alegria
Sem pensar que um dia
Vivemos numa concha de enganos
Num sonho que dizemos ser o mais belo
E nele construímos o nosso Castelo
 
Com paredes e torres de paixão
Nossos cuidados, descuidados
Aos poucos, perdem-se bocados
Tudo por falta de atenção
Cai a paixão, perde-se o amor
Ficam as paredes, destrói-se o interior
 
Um amor que seria indestrutível
A confiança que dizíamos á boca cheia
Acabamos por ter um Castelo de areia
Ignorantes olham para o que é visível
Assim acaba-se desta maneira
O sonho de uma vida inteira
 
Nada somos, nada valemos
Apenas egoísmo, até comodistas
Acusadores e masoquistas
E depois lamentamos que sofremos
Nova oportunidade, de novo recomeçamos
Para retomar o que sonhamos
 
Mas apenas por algum tempo
Voltamos a sonhar
Que estamos a amar
A ilusão foi-se com o vento
Calou-se o coração
Foi-se o calor da paixão
 
Só um novo amor
Mas é preciso acreditar
Para não voltar a errar
Amar para manter o calor
Não esquecer o passado
Do nosso castelo quebrado
 
Quim30Dez07

Jose Joaquim Santos
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