Minha cabeça paira sozinha pelo deserto oceânico da vida...
Vozes e fonte, sentimentos perplexos reluzem sem nada dizer
Sinto que a minha vontade antes seta, agora dispersa-se em nenhum querer...
 
Sou como a velha vontade jogada fora
Sou como a eterna criança que de si própria enamora....
Aguardo o instante e o protejo através do meu silêncio
Minha voz se fragiliza diante do silêncio que se sente cansado
Meu corpo pede, mas a mente impões mais tempo
E a demora alonga tudo , e que era pode deixar de ser...
 
Os movimentos vêem e vão sem que nada saia, mas tudo está fora de lugar
E onde há outro , lugar não há..
Interminentes passos no vazio mudam a direçào do que ainda não está
O que está lamenta cansado, pede espaço
Mas a razão rebelde ordena a parada
E o querer não se esvai como parece , apenas cresce calado humilde
Invisível por entre as frestas como ramos selvagens e mudos
Nascendo e crescendo mas se esconde por que não pode ser visto
Mas o que não é visto existe....

Fabiana Agueda
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