Eu olho para o horizonte e vejo o Fugi na alma.
Ando por entre ruínas que um dia o amor habitou.
Viajo constelações ignorando cataclismas.
Do espaço eu admiro o azul que cobre o mundo.
Encontro na lágrima de dor o néctar da vida.
Sigo o caminho que hoje úmido, um dia foi árido pela seca da impiedade.
Resgato de uma prisão escura a luz de todos os seres.

Há tanta beleza na existência.
E qual a razão da destruição?

Para toda dor, a cura do tempo.
Para cada minuto, um lampejo de paz.
Para cada som, uma voz de conforto.
Corre em minhas veias o sangue de quem se foi
e de quem está por vir.
Sou a vida e a morte.
Num instante sou a sorte de quem precisa tê-la.
Sou o abrigo dos temporais.
A proteção dos vendavais.
Sou só o que há de bom...
...na vida o que há de bom.

São Paulo, 05 de setembro de 2003.

Carlos Eduardo Fajardo
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