virgem que de tão virgem, nua, passa
nos becos escuros de meu pensamento... desejo.
diz-me, o que me falta
para dar-te um pecado... um beijo?

virgem tão virgem, que graça.
bailando em meu peito te vejo,
fazendo um santo gracejo.
um altar em meu leito... vem, faça.
 
faça fugir de meus lábios, carinho.
há que por um instante no escuro
beijar-me - tua boca, fruto da uva... vinho.
 
virgem tão pura que me faz impuro,
se de sorte pousar em meu ninho
amar-te-ei num instante eterno, te juro.

Nova Redenção, 22-04-1998

Jailson Souza
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