Mais uma dessas histórias... Histórias de Pescador

De uma família portuguesa de requintada tradição e beleza, nascia ali um sonhador;
De nome Ramiro lhe chamaram e num belo dia lhe avisaram - que seria em breve, um navegador;
Sem entender o que se passava, sua família se ansiava - para encarar um Oceano tentador;
Ramiro agora, aos sete de idade, preparava sua viagem - para o País de antes capital Salvador;
Chegando a terra prometida, Ramiro admirava às escondidas, - a rara beleza de um Rio encantador;
Trazia na mala seus sonhos e desejos, de forma emocional os seus manejos - como se fazia um bravo conquistador;
Da sua estada no Rio, tratou de ser bom amigo e cativou eternas lembranças de puro louvor;
Dos bares da sinuca, de gandaia e bate-papo, relembra sempre de seu ímpeto fervor.
 
Carregava consigo a sorte, já descartara o passaporte e se apresentava a nova nação, seu esplendor;
Pelas idas e vindas dos bancos, ele agora não mais em prantos, cobrava da vida - o Seu Sabor;
E numa dessas viagens, onde ninguém espera vantagens, Ramiro logo encontrou o amor;
Tratou logo de se casar, sem nem ao menos titubear, e o mundo transformava-se num arco-íris de cor;
- Ê, Ramiro, que no futuro falaria, que nunca na vida se casaria, descumpria sua palavra de vendedor!
Ramiro agora, totalmente encontrado, um ser apaixonado, procurava seu espaço como trabalhador;
Foi então, que de uma oportunidade, vinda da nova cidade, Ramiro encarava: “Afinal, seja como for!”.
E na vã esperança de tudo acabado, mais uma para Ramiro havia chegado, seria agora um Pai Adotador.
 
Sentia-se feliz, totalmente realizado, mas num certo dia, por motivo ‘abobado’, o mundo sentiria sua dor;
Na mais ‘controvertida’ das regras morais, escrita há tempos atrás, Ramiro procurava um novo torpor;
Agora, desempregado e não mais apaixonado, procurava um recanto apertado, onde pudesse de expor;
Assim, sem se abalar, pôs-se a comunicar, tentou logo procurar, foi quando enfim encontrou seu novo oficio - de Contador;
Iniciava seu novo momento, sem se preocupar com qualquer intento, resolveu agora ser o seu Senhor;
E em santo dia, nos botecos de regalia, encontrou um amigo que discutia, como o Pantanal era Encantador;
Como em sonho, logo juntou a “tropa”: - “Todos vamos sem demora, antes do meu sol de Pôr!”;
Tudo agora era encantado, como nunca imaginado, seu sorriso frio transformou-se em explosão de imenso calor.
 
Bem, como vocês bem sabem não lhes falto com a verdade, só quero lhes apresentar essa história de valor;
Que sem qualquer graça de um doutor, este bravo sonhador, encontrou seu esplendor, no momento lá de dor, que num encanto tentador, saboreou-lhe enfim o amor e mesmo com um grave receio de se expor, virou um destemido formador.
 
Hoje, sou de opinião forte, esquentador - e encontrei nele o meu Mentor - e como bravo agregador – encontrei meu Redentor.
 
E para finalizar, quero o parabenizar neste dia de furor;
Que esta é sua história, história de Ramiro e não é História de Pescador!!!