A vagar...

Sem planos...
Investindo nos sonhos,
Apostando na sorte,
E na sensibilidade
Que excita a pele
E aos devaneios impele,
Vou seguindo por aí
Buscando o que me abastece ...
Sem rumo, sem norte,
Sem pensar no amanhã,
Sem pensar no mais tarde...
Vou levando meu barco
Pro lado que me aprouver,
Do jeito que me convier,
Destino de um bardo...
Enfrentando as marés,
Desafiando dilúvios,
Com bravura, sem alarde,
A sofreguidão me invade...
Em noites de lua cheia,
Sob o luar que prateia...
No início das manhãs,
Oferendas louçãs
Que trazem o silêncio sagrado,
Momento tão esperado
Pra alma de um menestrel...
Que louva, enaltece, faz prece,
Olha pro céu e agradece.