POETANDO.

Declina sobre o papel
solta  a tua imaginação e ternura
afasta de perto de ti a intolerância,
as amarguras e amores perdidos.

Ressalta o lado imaginativo
invade o teu ser
pinta aquarelas de cores vivas
pasteis, sem amarguras...dissabores
com o seu amores... deleita.

Discorra sobre as orquídeas
os panteões, as belas coisas da vida;
anuncia a tua aproximação dos deuses...
Deusas despidas,
nuvens, estrelas e plutões
siga o instinto dos teus dedos
nervosos, anciosos por nada,
ditas o tudo...o nada se perdera.

Orgulhas de ser,
de ter o poder das letras
escrita fina, rugas fingidas
ensina o fraco a se levantar,
o forte a se curvar
ante o amor perdido.

Choro magoado
silêncio de um grito
Escuta silenciosa
das paredes,
portas entreabertas
escancarandas
varandas
flores no jardim
discorra sobre o teu íntimo
seja apenas o infinito.
Mais nunca deixe de poetar.

João Carlos
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