Máquina substancial

Bufa, bufa com o seu fôlego
Apazigua a tua calma e aclima
Raiva e desânimo pra cima...
E adquire teu ódio de homem sôfrego.
 
Os condenados então trouxeram
A tentação pra ti, tão infernal.
Humano, mera máquina substancial.
Anti-versos numa anti-poesia lhe fizeram...
 
E te reclusas a rejeitar
Oh! Sublime força de vontade a sua.
Seu ânimo poético recai com a lua,
Pois o romance tende a te enjoar!
 
Vinga então essa sua euforia
O inferno dos versos às inversas
Consome-lhe, e, submersas
Estão suas infernais poesias
 
Gagueja em sua própria dicção
Ao tentar ditar sua arte erradicada
Poesia chata de um poeta de nada
Que se inspirou com a desinspiração.

Em dias que senti raiva de mim, e destas máquinas substanciais chamadas de humanos!

Guarulhos - SP