A estrada da vida percorro,
No peito a esperança vazia,
Piso espinhos,
Subo morros,
Mas me resta uma alegria,
Pois após as trevas da noite,
Sempre haverá um novo dia.

Os olhos aos céus eu volto.
O que de Deus receberia?
Atravesso o mar revolto,
Jamais retrocederia,
Pois após as trevas da noite,
Sempre haverá um novo dia.

Com fé transponho o deserto,
Sustentando a fantasia,
De que há um oásis por perto,
E a certeza me sacia,
Pois após as trevas da noite,
Sempre haverá um novo dia.

E quando o meu fim chegar,
Em vão virá a morte fria,
Porque em paz eu vou repousar,
Fugirei da noite sombria,
E minhalma carregará,
Sempre, a luz de um novo dia.

Porque sei que nada é eterno,
as dores, nem as alegrias também,
a esperança sempre andará comigo, sempre aqui dentro, e quando mais longe, aqui do meu lado.

Em casa, com saudades da avó amada, meu esconderijo.

Dalto Gabrig
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