Nesta noite de silencio em que o sopro faz-se ver,
cujo sofrejar das folhas enlouquece por seu calar,
em tristeza, agonia, sente o toque de teu feito,
no coroar desta visão, salvo cego que outrora ouviu,
pensa e sonha, realiza a labuta, fantasia nossas veredas,
acarreta poucas riquezas, valoriza a destreza, vigio o ...
Vejo nesta torpe melodia, a voz de um sangue ébrio,
o desejo de um corpo sóbrio, em realizado o sonho real,
de em corte vivaz, tornar minha vida,
onde o nosso traduz o tudo,
dentre o tempo reduz o veio, sulco digesto dotado de tempero,
temperante pela, ceifa dotada deste campo arado,
semeado, prosperado, justificado, colhido, vazio preenchido,
tocado pelo sonho, realizado pelo torpe,
regado pela conduta distinguido de seu egoísmo,
separado do pleno, tornando em comum, velejado do arraigado âmbito,
acolhido em seu átrio, resgatado pelo abrigo destas letras,
visto o ontem tornando-se amanha, o pretérito imperfeito,
escolhido o hoje a magia do desejo, ser preciso em seu palpite,
veemente em seu anseio, convincente em argumento,
conivente em nosso pecado,
visitado pelo ímpio, transponivel, perdoado, salvo pelo justo,
coroado pelo certo visto o real abstrato de não poder,
simplesmente realizar.

Realize comigo estes sonhos, vivencie a mutação aplaudida e desejada de um significativo eterno.

Renato Barbosa
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