Aqui no canto...
sinto a solidão...
invadindo meu coração...

Procuro não deixar ela dominar...
deixar eu tão somente sonhar...
ver a estrelas e a lua brilhar...

Nessa imensidão dispersa...
uma lagrima pela face escorrega...
falta algo, meu peito aperta...
sinto que seu carinho me nega...

Sozinho, desnudo ao vento...
peço apenas a mim um alento...
para que esse sentimento, esse desejo..
não fique preso que nem detento...

Sinto-me tão sozinho, tão carente...
suplico aos ceus que se atente...
a esse seu confidente...
que não deixe sofrer de solidão tão latente...

Sozinho em meu canto...
agora à essa solidão eu espanto...
com rimas e  versos em meu canto...
procura trazer a alegria, como por encanto...

Mas mesmo aqui meio risonho...
com os pensamentos felizes
ainda sozinho me encontro...

Momentos em que nos sentimos sozinhos, nessa imensidão de pessoas....

São Paulo, 04 de julho de 2007