Lamentos

Dor angustiante,
Martírio ofegante
Na estradada alma
Os resíduos do fracasso
D'amor contagiado das infatigáveis
Ambições funestas.

Ao tempo foram entregues
À imortal memória
De um amor transluzente,
Perdido no silêncio da alma,
Levado ao subterrâneo cárcere
Do coração repulsado.

Assim...

Suspira minha alma despedaçada,
Inundando meu fardo com lágrimas,
Ó, sofrível lembrança!
Arrancaste das virtudes sagradas
A perplexa liberdade.

Resta-me converter os absurdos
Do excesso frenético desejo;
E abrandar a constância
Insípida da vital necesidade,
Companhia mísera dos lamentos. 

No silêncio do sofrimento da nossa alma, as folhas se enxacam de ágrimas e as letras são o nosso consolo...

No meu quarto

Lehena Danielly Borges da Silva
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