Que o vento leve o meu verso
Através de qualquer meio:
Que percorra o Universo
E volte pra de onde veio!

E que traga em suas asas
Gotas do orvalho do amor;
Que encontre quem se compraza
De servir-lhe de leitor;

Que, ao voltar, me conte histórias
De risos que provocou;
De lágrimas, de memórias,
Motivadas por seu vôo;

Que diga que foi feliz
Fazendo feliz quem leu;
Que cure uma cicatriz;
Que encontre quem se perdeu.

Que repouse em minha alma
Tendo cumprido a missão;
E eu desfrute a mesma calma,
Vendo que não foi em vão.

Para quem quiser ler... colher...

Madrugada em São Paulo