Quando teu sorriso me encontrar
Eu, palhaço, que guardei minha dor
Já serei de um mundo todo meu
Onde o breu desfiz ao meu redor

E meus passos não são mais os teus
Eu que te segui até cansar
Com a tristeza nestes olhos meus
E a minha voz sempre a chorar

Lembro que chorei
Lembro que sofri
Tanto caminhei sem te alcançar
Mas meu coração 
Forte como eu
Cúmplice se fez do meu penar

Mas quando teu corpo implorar
Tudo que em ti me fez sofrer
Serei de outro corpo que me fez
Fênix das cinzas renascer

Sou agora os versos da canção
Que atravessa o céu num ar febril
Sou agora de outro coração
Que de amor igual nunca se viu

"Fênix" é a poesia, mensagem objeto de luta, do recomeço...

Fevereiro/Carnaval/2007/Salvador-BA

Silvestre Sobrinho
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