Quando abro a porta
Uma brisa gelada
Toca meu rosto
Me fazendo sentir viva
 
Poucas pessoas na rua
A maioria não se aventura
Preferem o calor de suas casas
 
Mal sabem
Que aquele vento frio
Penetra no corpo
Trazendo uma vontade enorme
De correr, pular, dançar
 
Havia um parque bem próximo
Minhas pernas me levaram para lá
Estava deserto
Somente alguns pássaros
Pulando pela grama
A cata de algo para comer
 
Fiquei a caminhar pelas trilhas
Aquele silêncio ajudava
O pensamento corria solto
Idéias, lembranças, medos
Passavam  desordenados
Diante de meus olhos
Ora trazendo luz
Noutra afundando em sombras
 
Uma garoa começa a cair
Afastando o pensamento para longe
Começo a caminhar de volta para casa
Cruzo com algumas pessoas correndo
Querem fugir da chuva que cai
 
Abro a porta e sinto o calor
Que emana de dentro da casa
Uma sensação agradável invade meu corpo
Como é bom saber
Que sempre vou encontrar
Um lugar aconchegante para voltar.
 
 

no trabalho

Rosane Koch da Silva
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