“QUANTAS VEZES”.
(Crônica)
Quantas vezes você parou para reclamar da vida, reclamar do mundo, das dores... Ou até mesmo da sorte sua; quantas vezes você se lamentou por não ter ganhado na loteria, reclamou daquele jogo que você fez que passou raspando... E que por um triz você não ficou milionário. Quantas vezes você ficou p... Da vida, ao olhar aquela roupa na vitrine de uma loja no shopping e não teve dinheiro para comprar; ou se lamentou num ponto de ônibus num dia chuvoso, por não ter um carro para levá-lo (a), ao trabalho, ao medico, ou a um outro lugar qualquer.
Mas também quantas vezes, você não parou para pensar que você tem um par de olhos perfeitos, que lhe permitiu ler esse texto que você acaba de lê-lo agora, duas mãos perfeitas para operar o seu computador... Ou até mesmo por ter posses de tê-lo; quando existem muitos que tem que sair para procurar uma lan house para ler... Ou publicar seus textos. Quantas vezes você lamentou por não ter tido filhos; mas, quantas vezes você parou para pensar naquelas mães, ou naqueles pais que amargam a visão de ver um filho seu numa penitenciaria, ou numa cadeira de rodas por uma doença ou um acidente que o mutilou.
É... Meus amigos, minhas amigas... Parem para pensar; não só nos seus lamentos, nas suas angustias... Nas suas dores; mas pensem no dia maravilhoso que os espera lá fora, no ser vivo que existe em você, nas flores e pássaros que estão a sua espera nos bosques da sua cidade ou do sitio onde você mora; nesta saúde pouca ou muita que você ainda tem, na sua companheira ou companheiro que está ai ao seu lado, no filho ou na filha que você teve a sorte de ter... Pense no lar que te abriga, humilde ou não, o bom é que você não está junto aos milhares de sem tetos que estão de baixo das pontes e dos viadutos das grandes cidades, e que, na sua cozinha há comida para alimentar você. O mundo tem os seus dissabores, eu sei... Mas se você olhar pro lado ou para trás... Com certeza você verá muitos outros bem piores do que você.
São Paulo, 17/04/2007.
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