Um cansaço solitário invade meu corpo
As metafóras que trago se desfazem e se constroem
São suspeitos os julgamentos
Seria real o que vejo

E os pensamentos se fazem sem motivo
vêem e vão num devaneio
Eu sou o que sou
e pensar assim me deixa em paz


Quanto tempo se passou e 
quanto ainda passará...
Quantos noites sem dormir
quantos dias para me lembrar...

Quanto tempo é necessário para se esquecer
o que pensamos que não teria fim
Quantas ilusões inda restam para se desfazer
para que tudo se desfaça em mim...

Tudo que era sonho virou pesadelo
e agora o  tempo sorri de mim
e somente ele poderá dizer
se o que foi deixa de existir

Só quem ama conhece a felicidade pungente do começo
e a dor latente de quando se aguarda o fim.

Fabiana Agueda
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