Restos
 
Fazendo questão de esquecer
O que não veio á fazer-me bem
Por todas as veias contraditórias de amores sujos
Contos quase bizarros pintados com angustias e desesperos
 
Restos seus na minha mente
Bolando esquemas esquizofrênicos contra mim
Tornando-me mal quando não necessito
Só pra ver flutuar gotas de paranóias diárias
 
Deparo-me frente ao espelho da identidade
Qualifico-me entre os piores por todo mal já vivido
Entre os melhores por toda felicidade provocada
Ainda assim, sempre o mesmo, preso dentro de um corpo frágil
Com pensamentos distantes e pingos de angustia adolescente que parecem nunca querer secar
 
Às vezes, transgredindo a insanidade particular da saúde mental
Por substancias ingeridas
Acabo caindo em leves pensamentos sobre o futuro:
Serve esta vivencia autodestrutiva para tal ser perturbado como eu?
As dificuldades de mudança que se encarreguem desta questão.
 
Enquanto sobrevivo como um ser de plástico
Cada vez mais tentativas para tal transformação vem á mente
São possibilidades inexatas, infelizes
Mas que se vivas cairiam bem ao mal estar substancial
 
Vendo todo monte de restos de lembranças ruins que sou
Sinto o vento, mas por falta de confiança não vôo com ele
Defino-me assim, com esta frase maldizente
Por estar perdido, achando que tudo um dia pode mudar
Absoluta certeza não existe, e sim, mais meras esperanças fracassadas
Enquanto o tempo passa e nada faço, afundo-me mais
Até que no fundo desse poço encontre a resposta para a desgraça.
 
 
Carbon Kid
([email protected])
16/03/07
00h00min

Resto de lembrança ruim.

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