Diferente de uma pessoa normal da zona sul do Rio, Cazuza foi referencia a muitas pessoas de sua época. Não podemos considerá-lo um “Martie”, pois ele não morreu para sustentar a fé cristã. Também não iremos considerá-lo um carrasco, pois de maneira cruel sabemos que ele nunca agiu. Cazuza era, ao contrario de muitos, uma pessoa feliz, que não tinha medo de expor seus sentimentos, que queria ver um mundo mais bonito.
            Homossexual assumido, usuário de drogas, mas alegre por natureza. Era uma pessoa transparente, cercado de amigos onde viveu uma vida que muitos, mas apenas uma pequena parcela tem coragem de vivê-la. Cazuza viveu a vida intensamente, colocando paralelamente o risco com o prazer onde obteve a “vida louca” que conhecemos dele.
            Não sei se ele fez o certo, apenas sei que ele agiu da maneira dele. Sei que usar drogas não é politicamente correto, também sei que transar sem camisinha trás muitas conseqüências. È relativo dizer que ele errou. Nascemos e crescemos ouvindo que isso é errado, essa é a nossa sociedade.
            Ao contrário dessa nossa sociedade, Cazuza fundou sua própria sociedade, Cazuza foi um poeta, um filosofo. Cazuza nos mostrou que a melhor maneira de se viver é vivendo intensamente, viver um dia após o outro, sem pensar no amanha.
            Muitos o criticam, dizem que ele foi “filhinho de papai”, mas sabemos o tanto de talentos desse nosso Brasil que não saíram das garagens de suas respectivas casas. E se o nosso poeta Cazuza não fosse descoberto? Quantas paixões aconteceram com sua musica de fundo? Quantas vezes em momentos de fraqueza buscamos uma de suas canções para nos animar?
            Um poeta, um filosofo, um drogado, um homossexual, um ser humano feliz. Ele morreu cedo mais viveu muito melhor do que muitos que vivem até os 90 anos.

Cazuza, um ser humano feliz.

no computador escutando uma de suas belas cançoes.