Uma estrela caiu
Fazendo cócegas na noite.
A aberta boca negra
Presa a mandíbula da lua
Que ilumina os seixos
No fundo do rio,
Deixa que os pássaros agrueiros
Risquem o céu de pavor.
Nesse túnel espacial
Ouve-se risos,
São os lábios da noite
Vazando gargalhadas
Pela façanha de uma estrela caída.
Mas a estrela não sorriu.
Chegada a aurora,
O sol a retornou ao seu lugar
E o eco da gargalhada da noite,
Perdeu-se entre as nuvens
Que sugam a àgua do mar.
Choveu.
Jair Martins
Recife-PE. 21/06/06
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença