Chove sério na Paulista - e eu ilhado
Num refúgio de concreto qualquer...
Sempre a água, venha de onde vier:
Lá de cima - no aguaceiro cerrado;
Cá de dentro - numa lágrima quente;
Sempre a água, esclarecendo a visão,
Quando passa, evidencia a amplidão:
Lava o corpo e limpa a alma da gente.

Serei livre quando a chuva passar,
E a cidade vai ser outro lugar;
Se esperar, enxergarei bem melhor.

E se a lágrima lavar o sofrer,
Serei livre quando o choro irromper,
Pois do pranto me erguerei vencedor.

"Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados."

Mateus 5:4