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Sempre, de nos dois, haverá de fluir encanto.
Mesmo os ínfimos, desde o primos abraços
Desmedidos pois, incessantes, no entanto.
Eternos, o são, resíduos de nossos laços
Sempre, haverá de ti, uma saudade infinita
Do teu perfume, do hálito e da tua saliva;
O pulsar de tuas veias, a lembrança excita,
Da tua boca, o beijo, a língua a deriva.
Sempre haverá um ninho doce, a espera,
De nós dois, ímpetos consumados ao calor.
Em mim, o alado corcel a mercê de uma fera,
Que espreita, ao faro do nectar, que lhe dera.
Descrever-te, seria, assim, o vislumbre do furor.
Em ti, a felina, entretanto ao cio, doce pantera.
Macapá-AP, 02/08/06 às 18:50
Macapá-AP, 02/08/06
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