Inconscientemente,perpetuei a dor,
Inconseqüentemente,deixei ela ficar...
Se entranhou bem forte,senhora de tal porte,
Mostrou soberania,não pude recuar.

Dobrei-me de joelhos,passei a me humilhar,
Tornou-se minha amante,presente a todo instante
Em minhas poesias...é ela a se expressar,
Em minhas euforias,meu jeito de amar!

Oh!dor,que decididamente,caminha a minha frente,
Intransigentemente,comanda os meus atos...
Pensei em trucidá-la,mas acho tão estranho,
Porque se tornou parte de meu cotidiano.

E nesse conformismo em que eu me encontro,
Não sei se a quero longe ou se a confronto,
Se malograda é a dor que sempre vem
Ou quem é o parasita de quem?

Às vezes nos acostumamos tanto com a dor que ela passa a fazer parte de nosso cotidiano e se torna tão poderosa que passa a comandar nossos passos.