Pai.

Agradeço ao meu pai,
que me ensinou a ser semopre a 2° opção,
me ensinou que podemos ser machucados 
promessas falsas,
cheias de indiferenças

Qualquer pode receber seu amor,
menos eu
sangue do seu sangue

Poderia dizer que me criou,
mas eu seria uma mentirosa,
você nunca me ensinou,
nunca me educou,
nunca se preocupou

Na sua visão, 
nem estudo, 
nem trabalho, 
e nem me esforço
sou uma nem-nem.

Qual sua voz de fala?!
você não me conhece,
nunca fez questão disso

Lá fora chove,
do céu caindo
minhas lágrimas

Meu sangue jorrando,
quero renegar minha paternidade
você me faz mal,
com toda sua infantilidade

Pai, 
o senhor é um moleque.