Com Evor ao centro, guardião do chão,
Os axsas viviam em plano apartando,
Longe do mundo e sua emoção,
Mas Draktar, de poder resguardando,
Mantinha Adnosterus, com tensão,
E a magia, no caos, se espalhando.

Kolmonor, destruído, deixou seu pesar,
Na magia solta, sem mais controle,
Yhla e Ghayazeo podiam já ver,
A energia corria em novo role,
Portais se abriam sem ninguém deter,
Ecoando o caos, sem qualquer molde.

Os grandes impérios surgiram então,
Com elfos, anões, gnomos em morada,
Os humanos e seus meios, sempre em ação,
Nas savanas, tribos bárbaras são forjadas,
Taynors e drakeors, em nômade lição,
Cada raça, uma parte conquistada.

Mas outros seres brotaram no chão,
Orcs e goblins, frutos de vil essência,
Kolmonor ainda presente, em perversão,
Espalhando-se nas sombras, com potência,
Sem axsa guiar sua criação,
Viviam no caos e na indiferença.

A era dos Primordiais já foi perdida,
Os mortais esqueceram Evor, a mãe,
Cultos aos axsas, a fé renascida,
Deuses novos guiam, tal como refém,
Mas as brechas cresciam, era sentida,
A magia fluía, qual torrente sem bem.

Elementos acordaram, a terra tremeu,
Montanhas ruíram, vulcões explodiram,
Os reinos dos homens a ruína cedeu,
Fendas abertas, terras desmediram,
Elementais da terra, ao caos, respondeu,
E as sombras do fogo o céu dividiram.

As águas surgiram, em furor e dor,
Tsunamis varreram costas sem clemência,
Portos e ilhas foram ao redor,
As marés levaram toda a resistência,
O caos das correntes trouxe novo horror,
Afundando reinos sem penitência.

Por fim, os axsas tentaram conter,
Mizarnir, Yungul, em furioso clarão,
O vórtice de poder os fez retroceder,
Trazendo à Themeor nova razão,
As fendas fecharam, e ao mundo fazer,
Restou recomeço, com nova visão.