Andando em águas

Andando em águas

Ofereço as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul, muita coragem e força, além da fé para construção, reconstrução do Estado.

In memoriam aos poetas Carlos Drummond e Mario Quintana


Minha terra inundada
O jornal com cheias me deixou exausto
O tempo do recuo.
E, ainda hoje, não mais caminho na praça, nas ruas.
Mas, sobre às águas que invadiram casas.
A Literatura e a homenagem,
Deixadas agora de lado
Todo povo se unindo para a limpeza
E, a limpeza d'alma.
Mágoas com Deus, 
Não podem ter não!
Isso prova nossa própria devastação.
A minha homenagem ficou na estátua,
E as vidas que se seguiram.
O tempo fará o recuo das águas,
Mas, a poesia da Vida
Fará pensar sobre as lágrimas...
E, assim continuarei por ali,
Caminhandi nas águas,
E, por ventura dizer,
Que de Deus, não tenham mágoas.
Reconstruir a Vida na alegria,
Na certeza da poesia da Natureza 
E, o respeito a mesma.
Reciclar as Vidas, reciclem os pensares, 
E a Vida em si, sempre será abençoada.

Poesia manuscrita em SP, 21 de Maio de 2024.
Poesia que foi inspiração.