Erramos por essa estrada fora

Erramos por essa estrada fora
Carregando na algibeira um mundo de sonhos perdidos
Ansiando tudo aqui e agora
Sem ser, sentimo-nos ofendidos
Como se a vida permitisse sonhar!
Nada somos na verdade
A verdade é que tudo acaba com morte
Aos que ficam, fica a saudade
Entregue a própria sorte.
Viver é um breve suspiro
Que passa voraz
Siga o seu destino
Escreva a sua vida em paz.
Sempre há uma aurora, um novo amanhecer
E fatalmente tudo há-de morrer, 
Seja feliz, com essa consciência de nada ser.

celia bastos
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