É com uma pena sanguínea e me esvaindo,
que escrevo a pena de mim mesmo.
De mais a mais, antes que findos,
os grafites e rubis de todos os garimpos,
minhas rimas, meu labirinto,
elas vão se exaurir em meu texto.
Há de gangrenar minha mão!
Pois raciocinando ou sentindo,
sempre ou um ou outro é vão.
Hei de quedar em morte,
sem terminar de descrever tanta má sorte:
 Os cacos do meu coração.

Guilherme dos Anjos Nascimento

Guilherme dos Anjos Nascimento
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