A corda
A corda que a dois amarra.
Acorda, pois, na marra,
para que se amadureça!
Cobra a alimentar-se de ilusão,
cobra o preço da solidão,
no drama do palco.
Envenenado o casal nasce e morre,
Enviesado, tal como o impasse incorre
a Romeu e Julieta.
O descompasso cosendo renitente,
No passo, trazendo o passado ao presente,
Sempre no momento mais alto.
Aquém, a intensidade e dedicação
a quem na cumplicidade não,
faz com que mereça!
Dar corda ao cansado coração
Tomar com discórdia o estado da razão,
de soslaio e de assalto.
Alçar vôo desta cilada,
laçar novo alvo na escalada,
e não a corda em sua cabeça.
Guilherme dos Anjos Nascimento
Guilherme dos Anjos Nascimento
© Todos os direitos reservados
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