Sob o véu frenético da madrugada

Imagino sobreviver tão só no sonho,

Porque a realidade é trevo medonho

Donde a vida precisa ser repensada.

 

Nos devaneios respiro as cavalgadas

Dum onírico em que nada é tristonho,

Sorrir deveras jamais será enfadonho,

Pois só alegrias tenho dos camaradas.

 

Em vigília apenas enxergo dissabores

Numa existência exaltada de horrores

Em que decepções têm lugar comum...

 

Se plena felicidade há no sono eterno,

Então aqui se vive somente no inferno

E a sobrevivência terrestre é incomum!

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo

 

Ivan de Oliveira Melo
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