O ardor é um desejo que pune

A alma apaixonada do donzelo;

Mesmo que esconda o mistério,

A dor não o deixa jamais impune.

 

A paixão é cobiça do cio que une

O sonho de ter no tesão o singelo

Prazer que faz do virgem o eterno

Pecador de ter nas mãos seu lume.

 

Vício atravancado que rega o odor

De um atentado passional ao amor

Que navega atônito e que é segredo.

 

No viés das sensações entrelaçadas

Está a prova das horas consumadas

No singular exercício que eriça o pelo!

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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