ALUADA
Desnuda na calçada
Não se cobre mais de folhas
Estourou a sua bolha
Bela dama
na rua, no escritório, na cama...
Pés no chão,
Sabe aproveitar cada vão
Aluada
tem chuvas no olhar,
sua boca é um mar.
Eu quis ser caranguejo, mas não encontrei lar
Ondas macias
suas mãos vazias
Num penhasco cai
Por que cegou meus sentidos
Aluada
Curvilínea como as montanhas,
montada em suas manhas
Tem seu cheiro, sua própria essência
Aluada virou flor
Ela é dama da noite
Karine Adriene
© Todos os direitos reservados
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