Sempre, Luiz...
Num instante solitário da minha incompletude, te encontrei e por ti, me perdi.
Miss
Tarde demais
Muito além, do sol poente.
Distante, por trás dos montes,
Gritava em vão o teu nome,
Sem conseguir encontra-te.
Questionei às águas claras,
De uma bem jovem fonte,
Que com desdém respondeu-me" Por que a deixaste? Me conte."
Perguntei ao arco-íris,
À sabiá, o rouxinol,
Que riram de mim, disseram,"
Foi feito já, esse mal."
Que faço agora? Disse à noite,
Já não consigo dormir,
Virei cancioneiro errante,
Desde quando a vi partir.
Veio o sol queimando a pele,
Trouxe com ele o trovão,
Que trovejou-me ao ouvido," Procuraste a situação."
Chegou a brisa, tocou-me,
De leve o coração,
" Vá lá onde a deixaste,
Numa tarde de verão."
Encontrei-a, bela, casta,
Do jeito que a deixei,
Joguei-me a seus pés chorando,
Implorei o seu perdão.
Com lágrimas nos olhos, sorrindo,
Tomou-me suave as mãos.
"É tarde, por que demoraste?
Outro tem meu coração."
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