Construindo versos


Engenheiro das palavras,
o poeta analisa o papel em branco à sua frente,
se arma de uma caneta
e projeta seu poema.
Absorve sons e coloridos que estão em sua mente e planta seus sentimentos.
Finca no chão de estrelas sua pedra fundamental
e deixa a inspiração tomar conta de sua alma.
Verso a verso surge imponente,
altiva, à sua frente, sua magnífica construção.
Imagem do que com doçura, dita seu coração.
Cruza os braços, sorri,
enche os pulmões de contentamento e delira tal qual Michelangelo em sua magnífica obra: Parla

Maria Isabel Sartorio Santos
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