Os espinhos sexuais podam o amor,
Considerando a carne carente de contato.
As praças cheias de mendigos solitários,
Esfaimados, miseráveis, mas num sentido emocional,
Intelectual. Posto que o mundo é sociedade
Suja, enferma e danosa: bosque de pesadelos
Onde a ode é a ruína do outro, sem percebermos a nossa própria.

Tudo tem um preço, ironicamente há gratuidade.
Ruas cheias de títulos e dinheiro, tão ocas por dentro...
O apetite da transa se esvai incontrolável após o gozo,
Tencionando a repetição: vício inerente.
Artistas da dor existencial que sequer a sentem
Persistindo no cotidiano falso de paixões que se mutam...

Somos nadas, vazios, incompletos.
A busca pelo oposto disso é o que motiva uma jornada
A qual termina sempre sem resposta. 
Ogivas de espermas em úteros férteis
Justificando a existência ímpia de moral e justiça.