Lutas e ódios com odor de enxofre
Dos infernos que eu tenho no peito
E que poucos têm, posto que inertes
Aos combates que o idealismo suscita.

Sozinho, buscando a luz do farol
O qual guiaria algum objetivo, o qual nunca tive
Para além da imensa fúria que guardo em mim,
Quantos ideais abracei e os vi esmagados
Porque eram de muitos, mas só com MEU comprometimento?
E percebi que nada adquiri disso,
Ao mesmo tempo não posso abrir mão, cogitabundo...

Eu, mercenário de mim mesmo
Masoquista pervertido do sexo do conflito
E que sempre despejo no barril da batalha
Os sonhos de um mundo justo, mas apenas oníricos
Em verdade. A realidade é feia e decadente.
Lamento muito que rejeitem essa feiura,
Porque é o que temos e o incoercível
É amar apenas o ameno e belo e sentir asco do horror,
Visto que as rebeliões nascem do olhar feroz
De quem regurgita o errado, e não quem engole o imposto.